
A recorrente luta contra o comércio informal
Por Marcos Carbone, presidente da CDL-BG
É cíclica a presença massiva de vendedores ambulantes no quadrilátero central de Bento Gonçalves – operando à margem da lei, competindo de forma desleal com os estabelecimentos que seguem todas as diretrizes legais, pagando suas tributações, respeitando as obrigações sociais e, principalmente, trazendo contrapartidas relevantes à comunidade onde estão inseridos. Justamente por isso também é recorrente a luta da Câmara de Dirigentes Lojistas de Bento Gonçalves (CDL-BG) junto aos poderes públicos por medidas de controle diante dessa situação.
A ação dos comerciantes informais afeta a dinâmica econômica do município. Ao atrair clientes para seus pontos, frequentemente localizados em frente às lojas, eles desestabilizam o fluxo de consumidores que, de outra forma, sustentariam os negócios locais. Isso é especialmente crítico em períodos sazonais, como o fim de ano, quando o comércio espera e trabalha de forma árdua por incremento nas vendas.
O prejuízo atinge dimensões que vão muito além da perda de vendas, tendo grande impacto social na comunidade. O comércio informal prejudica os estabelecimentos legais que geram empregos, arrecadam tributos e contribuem para uma cadeia de desenvolvimento e prosperidade que precisa ser resguardada – sobretudo quando se estende o olhar ao futuro que queremos para nosso município. É preciso zelar pelas condições de trabalho dos empreendedores que tanto agregam a Bento Gonçalves – empresas fortes sustentam o desenvolvimento local e funcionam como importante ponto de apoio para a promoção do bem estar social.
A CDL-BG defende que a atuação rigorosa do poder público é essencial para assegurar um ambiente de negócios justo, onde todos possam competir em condições equitativas. A concorrência leal é a salutar. De outra forma, é predatória. É fato que todos precisam de oportunidade de trabalho para garantir seu sustento digno – e elas não faltam em Bento Gonçalves, inclusive no setor do comércio, sempre carente por boa mão de obra e aberto a receber candidatos interessados em construir uma promissora carreira no varejo.
A luta contra o comércio informal vai além da proteção dos interesses dos lojistas; é uma questão estratégica para o desenvolvimento socioeconômico de Bento Gonçalves – afinal, promover um ambiente que respeite as regras do mercado é garantir a saúde e o crescimento sustentável da economia local.
