Comércio manterá cuidados preventivos, mas refuta novas restrições ao funcionamento dos estabelecimentos, diz CDL-BG
A avaliação feita pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul colocou a macrorregião da Serra gaúcha, mais uma vez, na classificação de alto risco de transmissão de covid-19 – ou seja, área identificada como bandeira vermelha no modelo de distanciamento controlado. A decisão causou descontentamento à Câmara de Dirigentes Lojistas de Bento Gonçalves e acendeu um alerta para a entidade em seu papel representativo. “Entendemos que é importante, sim, reforçar a sensibilização junto ao comércio para que os estabelecimentos continuem cumprindo de forma rigorosa as recomendações dos órgãos de saúde e colocando em prática todas as medidas de combate ao coronavírus. Faremos isso em mais um ato de responsabilidade social. Porém, enquanto setor, não vamos aceitar, de forma alguma, novas tentativas de restrição ao funcionamento do comércio. Esse ponto não é passível de negociação”, enfatiza o presidente da entidade, Marcos Carbone.
A posição do dirigente defende que o comércio não seja responsabilizado e penalizado novamente pelo agravamento do quadro da pandemia com a permanência da macrorregião na classificação de bandeira vermelha. “Nosso setor foi um dos que mais sofreu restrições e, de forma muito resiliente, adaptou-se às exigências do novo normal, de modo a conciliar com total segurança o exercício das atividades do comércio com a necessidade de garantir o bem-estar e cuidados com a saúde das pessoas”, garante.
O momento, no entanto, é de atender às orientações dos profissionais de saúde que recomendam a manutenção dos cuidados preventivos, do diagnóstico e tratamento precoces diante de quaisquer sintomas da doença. “Nosso dever é pulverizar essa informação – isso, sim, é um serviço relevante para a comunidade e deve ser priorizado. A pandemia não pode ser manipulada para atender a qualquer tipo de interesse político. Essa é uma questão social que precisa ser tratada com seriedade, responsabilidade e imparcialidade pelos gestores”, comenta.