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Entidades manifestam preocupação com aumento de vendedores ambulantes no centro

CDL-BG, Sindilojas e CIC-BG pedem mais fiscalização para coibir prática considerada desleal com o comércio formal

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Bento Gonçalves (CDL-BG), ao lado do Sindilojas Regional Bento e do Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC-BG), está somando esforços com departamentos da prefeitura para coibir a crescente presença de vendedores ambulantes no centro da cidade.

Um importante passo foi alinhado na manhã de quinta-feira, dia 23. Em audiência com o vice-prefeito, Amarildo Locatelli, o presidente da CDL-BG, Marcos Carbone, manifestou sua preocupação com o crescimento desse tipo de comércio, em sua maior parte exercido à margem da lei, e também com a procedência das mercadorias, bem como com a qualidade de alguns produtos que podem trazer riscos à saúde do consumidor. “Estamos buscando uma forma de promover o livre comércio em que todos tenham condições justas para concorrer dentro dos princípios legais, a fim de gerar ganho para o comerciante e para o município, gerando mais renda, trabalho e tributos”, reforçou Carbone.

Duas frentes de trabalho foram abertas, inicialmente, para reprimir a prática. Uma delas é uma campanha de conscientização, envolvendo estabelecimentos comerciais e público consumidor. A ideia é alertar que o comércio informal praticado sem licença prévia dos órgãos reguladores contribuiu para a concorrência desleal, uma vez que não recolhe impostos e pratica preços abaixo do mercado, ocasionando redução de vendas no varejo formal; estimula a compra de produtos sem procedência, deixando o consumidor à mercê de sua própria sorte; e favorece a evasão fiscal, levando à perda de arrecadação do município e a consequente deterioração de serviços públicos. Outra resolução apontada na reunião será o aumento da fiscalização municipal, que ocorrerá em conjunto com agentes da Guarda Civil Municipal.

“A informalidade é uma luta antiga do Sindilojas. Embora a comunidade considere os produtos comercializados nas calçadas da nossa cidade como inofensivos, eles podem causar sérios problemas à saúde, como é o caso dos óculos de sol que não têm filtro UV, por exemplo, assim como os perfumes que causam alergias. Além disso, toda pessoa que adquire um produto falsificado e contrabandeado pode estar alimentando o crime organizado. Isso é muito grave, pois estamos falando de tráfico. Entendemos a fragilidade dos ambulantes, mas se eles estão ali é porque tem alguém financiando. Na realidade, se trata de uma relação de trabalho que está fora da lei”, disse o diretor executivo do Sindilojas, Valério Pompermayer.

Para o vice-presidente para Assuntos do Comércio do CIC-BG, Tiago Casagrande, as ações devem contribuir para criar um ambiente mais justo de concorrência, além de trazer benefícios para a população e para o município. “O consumidor e os comerciantes precisam entender o impacto negativo que tem em proteger ou em não denunciar este tipo de comércio. A venda de produtos sem procedência pode ir além da falta de qualidade da mercadoria, estamos falando em saúde também, muitas pessoas provam e compram, por exemplo, perfumes vendidos nas ruas sem saber a procedência. Maior conscientização e mais fiscalização vão garantir um comércio justo, em que todos possam concorrer respeitando a legislação”, disse. Outra proposição, na opinião dele, é de que haja uma união de esforços entre os envolvidos – poderes públicos, guarda municipal, entidades e os próprios empreendedores do setor no sentido de coibir tais práticas.

Também participaram da reunião, a Secretária Municipal de Desenvolvimento Econômico, Milena Bassani, e o Secretário Municipal de Segurança, Paulo César de Carvalho.

Lideranças e poder público participaram de encontro para tratar da questão do comércio informal

Crédito: Exata Comunicação, Tiago Garziera

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